quinta-feira, 18 de março de 2010

Verão 2010 - Março

Diário de Bordo em 18 de março de 2010

Mais algumas fotos do passeio dos meninos em março.

Odyssey no largo do Candinho

Gutinho e Tosco remando e ao fundo a Odyssey.


João Pedro e Paty tomando sol na proa.



Gutinho e Tosco numa operação ribeirinha.





No comando do bote...
Até a próxima.


Boa navegação à todos!

Capitão Gutemberg
Comandante da Embarcação

BuzzTosco Boy

Diário de Bordo em 16 de março de 2010

O Tosco pediu umas fotos da viagem deles então ai vão.

O Tosco num performance de Mergulhador de Acapulco
Voaaannnddoooo..."para o alto e ao infinito" BuzzTosco
Aqui já parece mais um sapo ou alguém que acabou de se arrepender do que fez...rs

Uuuugggghhhhhh....nota zero


Depois de tanto esforço um ronquinho...o mais interessante aqui é descobrirmos sua identidade cigana...detalhe do dente de ouro...
Pediu está pedido e não pode se arrepender...vai para o ar e todo mundo vai ver...

Boa navegação à todos!

Capitão Gutemberg
Comandante da Embarcação

sábado, 6 de março de 2010

06 de março de 2010 - Está chovendo!

Diário de Bordo em 06 de março de 2010

Estamos no barco desde quinta-feira, dia 04 de março. O tempo não prometia grandes coisas, mas ao menos estava quente. Ontem, 05, ficamos com um dia bastante agradável. Apesar do céu encoberto, não choveu e a noite, quando saímos para jantar, estava quente e haviam estrelas no céu.

Os meninos estavam programados para virem depois a faculdade. Isso significava dizer que sairiam de casa por volta das 22:00 horas. Na verdade, liguei para o Gutinho as 00:30 hs e eles estavam indo buscar a Nathalie. Tinham acabado de pegar a Patrícia. O Tosco viria dirigindo até a Capital (SP) e ele assumiria o volante desde então até chegar aqui.

Bom, com eles na estrada a noite foi em intervalos de sono. A cada movimento do barco imaginava que poderiam ser eles. Chegaram já eram 04:30 hs. No relógio de meu celular. Imaginei escrever: quando chegaram os ponteiros do relógio já mostravam 04:30 hs. Ficaria mais romântico, mas os ponteiros dos relógios estão desaparecendo, cedendo espaço aos numerozinhos digitais das máquinas de tempo, dos celulares, palms, smartphones e até de seu próprio laptop...o tempo, implacável tempo.

Logo depois deles terem chegado comecei a ouvir mais alguém chegando. Não era convidada, mas veio. Seus passos saltitantes no convés são inconfundíveis para qualquer homem do mar, por mais ou menos tempo de mar...a chuva se estabeleceu de forma grossa e cadenciada. Um pouco mais e sumiu, para reaparecer posteriormente e assim se repetir por diversas vezes. Ao menos até agora. São 08:56 hs no relógio de meu laptop.

Por volta das 06:00 hs o barco deu um solavanco. Pulei da cama e corri para o casario, saída para a parte externa do barco. O vento também tinha chegado e começou a chacoalhar o barco que bateu no flutuante levemente. Mas suficiente para o barco ir de um lado ao outro. Saí para fora com a chuva descendo. Estava fria. Fui até a proa e cacei o cabo para afastar. Fui até a popa e trancei os cabos em "X". Melhorou.

O mar é muito romântico. Mas dá muito trabalho.

Quando vc comanda um barco, sua responsabilidade não cessa. Se for o caso de ficar a noite toda acordado, voce tem que ficar. Não tem para quem repassar a responsabilidade. É bonito mas ao mesmo tempo é um peso.

Costumamos ver as fotos dos barcos sempre em águas tranquilas, cristalinas. Não é sempre assim.

No mar, o mais interessante é justamente essa alternância. Você começa um dia de uma forma e raramente termina igual. O mar é vivo. O vento é vivo. Reagem em relação ao movimento da Terra. O vento se forma em função (muitas vezes) do aquecimento da massa de água do mar. Formam os tais Centros de Alta Pressão ou Centro de Baixa Pressão. Por sua vez, o mar acaba influenciado pelo vento que passa sobre ele, gerando as ondas. Vivo.

Incrível. Aqui no barco eu durmo muito bem. Sem contudo esquecer de tudo que está lá fora. Um balanço a mais e já acordo. Em casa não é assim.

Bom, o cardápio para hoje era marisco lambe-lambe. Como veio mais gente para cá e está chovendo, fica apertado para fazer. Não tratamos desse assunto ainda com o Alex, que é o mestre do negócio.

Ok. Resolvido. Fui perguntar ao Alex e ele garantiu que dá para fazer o lambe-lambe...obaaaaa.

Vou sair agora por que terei que ir até o Perequê comprar algumas coisas que faltam para o prato do dia.

Depois posto algumas fotos, ok?

Então...

Boa navegação à todos!

Capitão Gutemberg
Comandante da Embarcação

quarta-feira, 3 de março de 2010

Estudo de Impacto no Manguezal de Bertioga 001

Diário de Bordo em 03 de março de 2010

Tirei muitas fotos da destruição do manguezal no Canal de Bertioga.

Mandei-as todas para a Karina, adivinha. Deu pau no meu lap. Pudera, são 85 MG.

Tudo bem, a causa é nobre. Vcs verão uma série de fotos dessa destruição. Culpo em partes as marolas produzidas pelos barcos, como já comentei anteriormente, mas com certeza deve haver mais alguns fatores. Quem sabe poluição? As vezes achamos que a poluição é somente aquela aparente, fedorenta, volumes de lixos boiando por todas as partes e nem sempre é assim.

Minha única e exclusiva preocupação é conseguir fazer algo antes que ela se torne irreversível e extingua o manguezal e tudo que ele representa para a vida das espécies que dele sobrevivem, inclusive dele dependem para sua reprodução. Acredite, são inúmeras.

Para esse apoio, vou contar com a Karina, que entre outras tantas qualidades é minha sobrinha e engenheira ambiental. Eu serei a emoção e ela terá que ser a razão - tadinha, logo ela, rs. Até vejo ela xingando todo mundo, rsrsrsrsrs.

A idéia é produzirmos algum material técnico e com ele publicar algumas matérias em revistas especializadas, para ver se conseguimos mudar algo. Quem sabe conseguimos ao menos mudar o comportamento dos que MAL comandam embarcações pelo canal???

O resultado é claro: algo irá acontecer. Esperamos que para o bem da natureza.

Até lá e...


Boa navegação à todos!

Capitão Gutemberg
Comandante da Embarcação

terça-feira, 2 de março de 2010

Visita do Paulão e Rô 2

Diário de Bordo em 02 de março de 2010.

Um pouco mais das atividades desenvolvidas pelo Paulão e Rô durante nosso final de semana..

A água do canal estava imperdível e foi muito bem aproveitada...para digerir um pouco de tudo que comemos..rs

Dá uma olhada nisso que o Alex preparou para nós. Lagosta sapateira com muito molho e camarões...hummm

O nosso artista mostrando sua arte...


Olha a cara do negócio depois de pronto...dá até água na boca...rs


Outro ângulo da obra de arte..




Pra variar um pouco comemos...


O esconderijo do Alex...preparando um prato que se chama lambe-lambe. São mariscos preparados com bastante molho de tomate, cebola, pimentão e etc e o arroz e cozido junto com tudo isso...dá para imaginar...



Olha o molho do lambe-lambe...


A Rô acordando e passando um protetor.



Paulão depois dem sessão de natação...
Depois dessa...

Boa navegação à todos!

Capitão Gutemberg
Comandante da Embarcação

Visita do Paulão e da Rô

Diário de Bordo em 02 de março de 2010



No final de semana seguinte ao Carnaval, recebemos a visita de meu cunhado Paulão e de minha irmã Rosângela (Rô).

Abaixo um pouco das atividades que praticaram enquanto estiveram embarcados...


Atividade 1: comeram



Atividade 2: nadaram - aqui a Ritinha aprece de bico na atividade do casal

Atividade 3: tomaram sol...conversaram amigavelmente (o Paulo está escondido no fly, acredite) e a Ritinha de bico de novo...


Atividade 4: ah...comeram...



Atividade 5: ahhhhhhh....comeram....de novo...rsrsrsrsrsrs
Vou colocar mais imagens...aguarde....


Boa navegação à todos!!


Capitão Gutemberg




Comandante da Embarcação

segunda-feira, 1 de março de 2010

Destruição do manguezal no Canal de bertioga

Diário de bordo em 01 de março de 2010




Nunca fui muito a favor dos chamados ecochatos. Mass nunca deixei de amar a natureza. Em minha adolescência fui escoteiro por muitos anos e aprendi lá o amor pela natureza e por tudo que ela representa de importante para a sobrevivência da vida na Terra, incluíndo a nossa, que muitos esquecem.




Tenho tido a oportunidade de viver um pouco no Canal de Bertioga, que liga a cidade de Bertioga ao Canal de Santos, através de um canal estreito que forma a Ilha de Santo Amaro, onde está localizada a cidade de Guarujá, um dos mais badalados balneários paulistas.




O Canal de Bertioga possui muitas marinas e condomínios de luxo e o fluxo de embarcações é considerável em determinadas épocas do ano. este ano foi muito grande, pelo calor que nosso verão nos brindou.




Consequência disso foi o fluxo de embarcações que por ali passaram. Quando digo embarcações, estou me referindo a barcos de alumínio (chatas), pequenas lanchas, lanchas, veleiros, iates e trawlers e até balsas, que para ususfruirem das riquezas paisagísticas do litoral acima de Bertioga e tentando fugir de uma navegação em águas mais abertas usam o canal para virem de Santos ou mesmo das marinas locais, para uma navegação de esporte e recreio.




A Marinha tem em seus regulamentos algumas recomendações sobre navegação em águas restritas (que é o caso de canais) delimitando o limite de velocidade, qual seja: até 7 Nós/hora (algo em torno de 13 Km/hora).




Essa velocidade visa permitir a boa prática da navegação em águas restritas.




Você que navega sabe o quão desagradável é cruzar com outra embarcação, estando essa acima da velocidade limite. Seu barco mergulha num conjunto de marolas e aderna para todos os lados, jogando tudo e todos ao chão, causando danos nos equipamentos e materiais do barco, por que na tentativa de segurar, as pessoas se agarram onde podem..., radares, porta-copos, suporte do toldo, etc.




Há também como consequência, os danos provocados nos barcos atracados nas marinas. Observe o corre-corre das funcionários e marinheiros quando alguém vem acima da velocidade pelo canal. Soam sirenes, acenam para que diminua a velocidade, mas nada...os barcos derribados (com a popa enfiada n'água) parece que estão de nariz levantado, tal qual seu infeliz proprietário.




Ao lado vemos - as vezes - marinheiros aflitos e envergonhados, pelas peripécias dos patrões...




Mas antes os danos ficassem nos barcos alheios. Já estaria de bom tamanho. O grande problema é que o principal dano não está relacionado aos danos materiais nos barcos, mas em coisa muito mais preciosa e que lamentavelmente quase ninguém observa.




Os manguezais estão sofrendo um recuo drástico em sua área, pois com as marolas produzidas as enfraquecidas árvores das margens estão caíndo, fazendo o manguezal caminhar em direção a terra seca e portanto à sua destruição.




As fotos que vou mostrar mostram a destruição do maior berçario de centenas de criaturas que ali se reproduzem, crescem, equilibram e vivem em harmonia com a própria natureza. Não bastasse as surtidas dos pescadores e moradores que ali buscam muito além do necessário para sua sobrevivência, os manguezais agora precisam enfrentar a fúria de proprietários de barcos velozes, mas além, que desrespeitam os direitos alheios de um bom e agradável passeio e o direito da natureza seguir seu próprio caminho.


Visão da região do Largo do Candinho. Essa área é uma das em melhores condições, pela extensão lateral das águas e por que só se consegue navegar num canal central, haja vista os lençois ou coroas que existem próximas das margens. Percebe-se nitidamente a diferença daqui, onde pelas características acima as marolas chegam com muito menor força às margens.




Nesta foto vemos a fragilidade das raízes das arvores que, na baixamar ficam completamente fora da água, parecendo raízes aéreas. Como o solo onde se seguram é lodoso, nessas condições de exposição ficam tremendamente fragilizadas, caindo com muita facilidade.



Veja uma delas caída, no canto direito da foto.





Outra foto mostrando as raízes todas para fora da água. Note-se a marca escura que é onde normalmente fica o nível da água.



Barcos de todos os tipos, como os jets, que andam em alta velocidade, causam uma destruição sem par. Apesar de seu pouco peso, eles são danos a natureza pela possibilidade de se aproximarem mais das margens, e assim das árvores.










Esse trecho do canal fica entre o Largo do Candinho e o Canal de Santos. Aqui a velocidade obrigatoriamente tem que ser muito baixa, mas ainda sim você encontra quem consiga andar por aqui a mais de 10 nós. Como essas parte é muito estreita, a devastação é enorme.




Quando a água se encontra em seu nível normal, há uma proteçãoção para a vegetação costeira.


Colocarei outra matéria sobre o assunto embreve, com mais fotos que já tenho.
Por enquanto...
Boa navegação à todos!

Capitão Gutemberg
Comandante da Embarcação